sábado, 26 de março de 2011

Tarefa n°1


Tarefa n°1: tira fotografias com diferentes luzes. Bem, a primeira dificuldade foi encontrar o objeto para ser fotografado, pensar onde colocá-lo para fotografá-lo a segunda, sem contar as fontes de iluminação, mas nada se compara com árdua missão de por a mão na massa, principalmente para uma pessoa como eu que sou um zero a esquerda com a câmara fotográfica. Mas todo caminho começa com o primeiro passo, então fui executar logo minha tarefa. Usei uma luminária e a luz do meu celular e da minha irmã. Quando tirei as fotos era noite, a maioria das fotografias foram tirada com a luz do meu quarto apagada, sendo iluminadas apenas pelos celulares e a luminária. Eu fui tentando fotografar a girafinha de várias vez, confesso que não conseguia perceber diferença alguma entre as fotografias. Seja comparando umas com outras, ou seja, comparando o trabalho da fotografa antes e depois de conhecer alguma coisa sobre a importância da luz para fotografia. Mas aí vai as duas fotos escolhidas pela minha família como as melhores, ou menos piores , seja como for.

Eu e a fotografia.






O que falar da minha relação com essa caixa mágica que nos prende em determinado tempo e espaço, permitindo-nos recordar momentos marcantes de nossas vidas?
Não sei se foi o excesso de poses durante minha infância, mas o fato é que hoje evito ao máximo ficar parada diante de uma máquina fotográfica.
Quando criança, tirei tantas fotos, que acho que deixo qualquer top model, celebridade ou queridinho do mercado publicitário no chinelo. A Mamãezinha da
querida da pessoa aqui não queria perder nenhum instante do desenvolvimento do seu rebento, por isso tinha um fotógrafo que todo mês ia clicar a menina em poses e mais poses. E ele ia onde a garotinha estivesse, em casa, na escola, na chácara, no trabalho dos pais... Ele era um verdadeiro paparazzo. Isto sem esquecer as fotos oficiais, batizado, aniversários, festinhas do colégio, formatura...

Foi na adolescência (como sempre), com a rebeldia própria da idade, que decide não bancar mais a Gisele Bündchen, ou seja lá quem for que estava no posto hoje ocupado por ela na segunda metade dos anos 90. É claro que tal aversão se deu por que passei acreditar que não era fotogênica. E até hoje acho as máquinas fotográficas não conseguem captar a minha beleza da melhor maneira. Porém, acredito que sai bonito na foto quem gosta de tirar foto.
Quando estava na universidade, cursando letras vernáculas, encontrei uma pessoa que promoveu um novo momento de simpatia com as lentes, Minha amiga Mariana gosta tanto de tirar foto que acabou me contagiando. Mas só foi de simpatia e não de amor. Voltei a posar para as lentes, porém tive uma nova desavença com a câmera fotográfica, descobrir que além de não me dá bem na frente das lentes também não sabia o que faz por de trás delas.
Foi também na UEFS que descobrir a fotografia como arte, ouvir falar em Pierre Verger, um francês que conseguiu descrever a baianidade através de seus registros fotográficos. Curiosa, busquei na internet saber mais sobre o trabalho de Verger, e como não poderia ser diferente, fiquei encantada, assim como fiquei encantada com as imagens produzidas por Tiago Santana e as quais pude apreciar em uma exposição coletiva com a temática morte, no Palacete das Artes. Outra exposição fotográfica que chamou muito minha atenção foi uma em que o artista fotografou pessoas e bonecos manequins de tal maneira que não se era possível distingui o que era humano e o que era plástico.
Assim foi a minha relação com a fotografia até hoje, agora no terceiro semestre de jornalismo começo a cursar a disciplina de Oficina de Fotojornalismo e quem sabe a construir uma nova interação com ela. Este blog vai ser o espaço dedicado a registrar a minha evolução no curso, como se fosse um diário de gestação, de quem saber de uma nova paixão, hobby que começa a nascer.